- A introdução de novos processos psíquicos, como o inconsciente, a sexualidade infantil, id, ego e superego, além de acentuar a importância dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento do indivíduo e
- a ênfase no desenvolvimento emocional da criança, ao contrário de outras teorias que enfatizam somente o desenvolvimento cognitivo. A teoria freudiana procura explicar porque os seres humanos não se comportam sempre de maneira lógica e como o conteúdo do pensamento abranje mais do que a pesquisa cognitiva costuma estudar.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Avaliação e crítica da teoria
A toria freudiana é a mais influente das teorias do desenvolvimento da personalidade e dos transtornos mentais. Ela influenciou grande parte do pensamento psicoterapêutico durante todo o século XX. Seus principais pontos fortes são:
A teoria psicanalítica dos transtornos mentais
A melhor maneira de definir “distúrbio” é caracterizá-lo como deficiência psicológica com repercussão na área emocional e interpessoal. Este termo caracteriza uma faixa que vai desde formas neuróticas leves até a loucura, na plenitude do seu termo. "Normal" seria aquela personalidade com capacidade de viver eficientemente, manter um relacionamento duradouro e emocionalmente satisfatório com outras pessoas, trabalhar produtivamente, repousar e divertir-se, ser capaz de julgar realisticamente suas falhas e qualidades, aceitando-as. A falha de uma ou outra dessas características pode indicar a presença de uma deficiência psicológica ou “distúrbio” mental.
Classificam-se os distúrbios mentais em 3 grandes tipos básicos:
a) Ansiedade - a pessoa é tomada por sentimentos generalizados e persistente de intensa angústia sem causa objetiva. Alguns sintomas são: palpitações do coração, tremores, falta de ar, suor, náuseas. Há uma exagerada e ansiosa preocupação por si mesmo.
b) Fobias – uma área da personalidade passa a ser possuída por respostas de medo e ansiedade. Na angústia o medo é difuso e quando vem à tona é sinal de que já existia, há longo tempo. Se apresenta envolta em muita tensão, preocupação, excitação e desorganização do comportamento. Na reação fóbica, o medo se restringe a uma classe limitada de estímulos. Verifica-se a associação do medo a certos objetos, animais ou situações.
c) Obsessiva-Compulsiva: A Obsessão é um termo que se refere a idéias que se impõem repetidamente à consciência. São por isto dificilmente controláveis. A compulsão refere-se a impulsos que levam à ação. Está intimamente ligada a uma desordem psicológia chamada transtorno obsessivo-compulsivo.
a) Esquizofrenia - apatia emocional, carência de ambições, desorganização geral da personalidade, perda de interesse pela vida nas realizações pessoais e sociais. pensamento desorganizado, afeto superficial e inapropriado,riso insólito, bobice, infantilidade, hipocondria, delírios e alucinações transitórias.
b) Maníaca-depressiva – caracteriza-se por perturbações psíquicas duradouras e intensas, decorrentes de uma perda ou de situações externas traumáticas. O estado maníaco pode ser leve ou agudo. É assinalado por atividade e excitamento. Os maníacos são cheios de energia, inquietos, barulhentos, falam alto e têm idéias bizarras, uma após outra. O estado depressivo, ao contrário, caracteriza-se por inatividade e desalento. Seus sintomas são: pesar, tristeza, desânimo, falta de ação, crises de choro, perda de interesse pelo trabalho, por amigos e família, bem como por suas distrações habituais. Torna-se lento na fala, não dorme bem à noite, perde o apetite, pode ficar um tanto irritado e muito preocupado.
c) Paranóia – caracteriza-se sobretudo por ilusões fixas. É um sistema delirante. As ilusões de perseguição e de grandeza são mais duradouras do que na esquizofrenia paranoide. Os ressentimentos são profundos. É agressivo, egocêntrico e destruidor. Acredita que os fins justificam os meios e é incapaz de solicitar carinho. Não confia em ninguém
d) Psicose alcoólica – é habitualmente marcada por violenta intranqüilidade, acompanhada de alucinações de uma natureza aterradora.
e) Arteriosclerose Cerebral – evolui de um modo semelhante a demência senil. O endurecimento dos vasos cerebrais dá lugar a transtornos de irrigação sangüínea, as quais são causa de que partes isoladas do cérebro estejam mal abastecidas de sangue. Os sintomas são, formigamento nos braços e pernas, paralisias mais ou menos acentuadas, zumbidos no ouvido, transtorno de visão, perturbações da linguagem em forma de lentidão ou dificuldade da fala.
Classificam-se os distúrbios mentais em 3 grandes tipos básicos:
1º Tipo: Neuroses
É a existência de tensão excessiva e prolongada, de conflito persistente ou de uma necessidade longamente frustrada, é sinal de que na pessoa se instalou um estado neurótico. A neurose determina uma modificação, mas não uma desestruturação da personalidade e muito menos de perda de valores da realidade. Costuma-se catalogar os sintomas neuróticos em certas categorias, como:a) Ansiedade - a pessoa é tomada por sentimentos generalizados e persistente de intensa angústia sem causa objetiva. Alguns sintomas são: palpitações do coração, tremores, falta de ar, suor, náuseas. Há uma exagerada e ansiosa preocupação por si mesmo.
b) Fobias – uma área da personalidade passa a ser possuída por respostas de medo e ansiedade. Na angústia o medo é difuso e quando vem à tona é sinal de que já existia, há longo tempo. Se apresenta envolta em muita tensão, preocupação, excitação e desorganização do comportamento. Na reação fóbica, o medo se restringe a uma classe limitada de estímulos. Verifica-se a associação do medo a certos objetos, animais ou situações.
c) Obsessiva-Compulsiva: A Obsessão é um termo que se refere a idéias que se impõem repetidamente à consciência. São por isto dificilmente controláveis. A compulsão refere-se a impulsos que levam à ação. Está intimamente ligada a uma desordem psicológia chamada transtorno obsessivo-compulsivo.
2º Tipo: Psicoses
O psicótico pode encontrar-se ora em estado de depressão, ora em estado de extrema euforia e agitação. Em dado momento age de um modo e em outro se comporta de maneira totalmente diferente. Houve uma desestruturação da sua personalidade. O dado clínico para se aferir à psicose é a alteração dos juízos da realidade. O psicótico passa a perceber a realidade de maneira diferente. Por isso, faz afirmações e tem percepções não apoiadas nem justificadas pelos dados e situações reais. Nas psicoses, além da alteração do comportamento, são comuns alucinações (ouvir vozes, ter visões e delírios). Pode ser possuído por intensas fantasias de grandeza ou perseguição. Pode sentir-se vítima de uma conspiração assim como se julgar milionário, um ser divino, etc. As Psicoses se manifestam como:a) Esquizofrenia - apatia emocional, carência de ambições, desorganização geral da personalidade, perda de interesse pela vida nas realizações pessoais e sociais. pensamento desorganizado, afeto superficial e inapropriado,riso insólito, bobice, infantilidade, hipocondria, delírios e alucinações transitórias.
b) Maníaca-depressiva – caracteriza-se por perturbações psíquicas duradouras e intensas, decorrentes de uma perda ou de situações externas traumáticas. O estado maníaco pode ser leve ou agudo. É assinalado por atividade e excitamento. Os maníacos são cheios de energia, inquietos, barulhentos, falam alto e têm idéias bizarras, uma após outra. O estado depressivo, ao contrário, caracteriza-se por inatividade e desalento. Seus sintomas são: pesar, tristeza, desânimo, falta de ação, crises de choro, perda de interesse pelo trabalho, por amigos e família, bem como por suas distrações habituais. Torna-se lento na fala, não dorme bem à noite, perde o apetite, pode ficar um tanto irritado e muito preocupado.
c) Paranóia – caracteriza-se sobretudo por ilusões fixas. É um sistema delirante. As ilusões de perseguição e de grandeza são mais duradouras do que na esquizofrenia paranoide. Os ressentimentos são profundos. É agressivo, egocêntrico e destruidor. Acredita que os fins justificam os meios e é incapaz de solicitar carinho. Não confia em ninguém
d) Psicose alcoólica – é habitualmente marcada por violenta intranqüilidade, acompanhada de alucinações de uma natureza aterradora.
e) Arteriosclerose Cerebral – evolui de um modo semelhante a demência senil. O endurecimento dos vasos cerebrais dá lugar a transtornos de irrigação sangüínea, as quais são causa de que partes isoladas do cérebro estejam mal abastecidas de sangue. Os sintomas são, formigamento nos braços e pernas, paralisias mais ou menos acentuadas, zumbidos no ouvido, transtorno de visão, perturbações da linguagem em forma de lentidão ou dificuldade da fala.
3º Tipo: Psicopatias
Os psicopatas não estruturam determinadas dimensões da personalidade, verificando-se uma espécie de falha na própria construção. Os principais sintomas das psicopatias são: Diminuição ou ausência da consciência moral. O certo e o errado; o permitido e o proibido não fazem sentido para eles. Desta maneira, simular, dissimular, enganar, roubar, assaltar, matar, não causam sentimentos de repulsa e remorso, em suas consciências. O único valor para eles é seus interesses egoístas: Inexistência de alucinações; ausência de manifestações neuróticas; falta de confiança; Busca de estimulações fortes; Incapacidade de adiar satisfações; Não toleram um esforço rotineiro e não sabem lutar por um objetivo distante; Não aprendem com os próprios erros, pelo fato de não reconhecerem estes erros; Em geral, têm bom nível de inteligência e baixa capacidade afetiva; Parecem incapazes de se envolver emocionalmente. Não entendem o que seja socialmente produtivo.As fases do desenvolvimento psicosexual
Uma importante parte da teoria freudiana é dedicada ao desenvolvimento da personalidade. Duas hipóteses caracterizam sua teoria[5]:
A fase oral se divide em duas fases menores, definidas pelo nascimento dos dentes. Até então a criança se encontra em uma fase passiva-receptiva; com os primeiros dentes a criança passa a uma fase sádica-ativa através da possibilidade de morder. O principal objeto de ambas as fases, o seio materno, se torna, assim, um objeto ambivalente. Essa ambivalência caracteriza a maior parte dos relacionamentos humanos, tanto com pessoas como com objetos[5].
A fase oral apresenta, assim, cinco modos de funcionamento que podem se desenvolver em características da personalidade adulta[5]:
Freud desenvolveu sua teoria tendo sobretudo os meninos em vista, uma vez que, para ele, estes vevnciariam o conflito da fase fálica de maneira mais intensa e ameaçadora. Segundo Freud o menino deseja nessa fase ter a mãe só para si e não partilhá-la mais com o pai; ao mesmo tempo ele teme ser que o pai se vingue, castrando-o. A solução para esse conflito consiste na repressão tanto do desejo libidinoso com relação à mãe como dos sentimentos agressivos para com o pai; em um segundo momento realiza-se a identificação do menino com seu pai, o que os aproxima e conduz, assim, a uma internalização por parte do menino dos valores, convicções, interesses e porturas do pai. O complexo de Édipo representa um importante passo na formação do superego e na socialização dos meninos, uma vez que o menino aprende a seguir os valores dos pais. Essa solução de compromisso permite que tanto o ego (através da diminuição do medo) e o id (por o menino poder possuir a mãe indiretamente através do pai, com o qual ele se identifica) sejam parcialmente satisfeitos[5].
O conflito vivenciado pelas meninas é parecido, mas menos intenso. A menina deseja o próprio pai, em parte devido à inveja que sente por não ter um pênis (al. Penisneid); ela sente-se castrada e dá a culpa à própria mãe. Por outro lado, a mãe representa uma ameaça menos séria, uma vez que uma castração não é possível. Devido a essa situação diferente, a identificação da menina com a própria mãe é menos forte do que a do menino com seu pai e, por isso, as meninas teriam uma consciência menos desenvolvida - afirmação esta que foi rejeitada pela pesquisa empírica[5]. Freud usou o termo "complexo de Édipo" para ambos os sexos; autores posteriores limitaram o uso da expressão aos meninos, reservando para as meninas o termo "complexo de Electra".
A apresentação do complexo de Édipo dada acima é, no entanto, simplificada. Na realidade o resultado da resolução do complexo de Édipo é sempre um identificação como ambos os pais e a força de cada uma dessas identificações depende de diferentes fatores, como a relação entre os elementos masculinos e femininos na predisposição fisiológica da criança ou a intensidade do medo de castração ou da inveja do pênis. Além disso, a mãe mantém em ambos os sexos um papel primordial, permanecendo sempre o principal objeto da libido].
- Freud foi o primeiro a afirmar que os primeiros anos das vida são os mais importantes para o desenvolvimento da pessoa e
- o desenvolvimento do indivíduo se dá em fases ou estádios psico-sexuais. Freud foi, assim, o primeiro autor a afirmar que as crianças também têm uma sexualidade.
A fase oral
A primeira fase do desenvolvimento é a fase oral, que se estende desde o nascimento até aproximadamente um ano de vida. Nessa fase a criança vivencia prazer e dor através da satisfação (ou frustação) de pulsões orais, ou seja, pela boca. Essa satisfação se dá independente da satisfação da fome. Assim, para a criança sugar, mastigar, comer, morder, cuspir etc. têm uma função ligada ao prazer, além de servirem à alimentação. Ao ser confrontada com frustações a criança é obrigada a desenvolver mecanismos para lidar com tais frustações. Esses mecanismos são a base da futura personalidade da pessoa. Assim, uma satisfação insuficiente das pulsões orais pode conduzir a uma tendência para ansiedade e pessimismo; já uma excessiva satisfação pode levar, através de uma fixação nessa fase, a dificuldades de aceitar novos objetos como fonte de prazer/dor em fases posteriores, aumentando assim a probabilidade de uma regressão[5].A fase oral se divide em duas fases menores, definidas pelo nascimento dos dentes. Até então a criança se encontra em uma fase passiva-receptiva; com os primeiros dentes a criança passa a uma fase sádica-ativa através da possibilidade de morder. O principal objeto de ambas as fases, o seio materno, se torna, assim, um objeto ambivalente. Essa ambivalência caracteriza a maior parte dos relacionamentos humanos, tanto com pessoas como com objetos[5].
A fase oral apresenta, assim, cinco modos de funcionamento que podem se desenvolver em características da personalidade adulta[5]:
- O incorporar do alimento se mostra no adulto como um "incorporar" de saber ou poder, ou ainda como a capacidade de se identificar com outras pessos ou de se integrar em grupos;
- O segurar o seio, não querendo se separar dele, se mostram posteriormente como persistência e perseverança ou ainda como decisão;
- Morder é o protótipo da destrutividade, assim do sarcasmo, cinismo e tirania;
- Cuspir se transforma em rejeição e
- O fechar a boca, impedindo a alimentação, conduz a rejeição, negatividade ou introversão.
A fase anal
A segunda fase, segundo Freud, é a fase anal, que vai aproximadamente do primeiro ao terceiro ano de vida. Nessa fase a satisfação das pulsões se dirige ao ânus, ao controle da tensão intestinal. Nessa fase a criança tem de aprender a controlar sua defecação e, dessa forma, deve aprender a lidar com a frustração do desejo de satisfazer suas necessidades imediatamente. Como na fase oral, também os mecanismos desenvolvidos nesta fase influenciam o desenvolvimento da personalidade. O defecar imediato e descontrolado é o protótipo dos ataques de raiva; já uma educação muito rígida com relação à higiene pode conduzir tanto a uma tendência ao caos, aos descuido, à bagunça quanto a uma tendência a uma organização compulsiva e exageradamente controlada. Se a mãe faz elogios demais ao fato de a criança conseguir esperar até o banheiro, pode surgir uma ligação entre dar (as fezes) e receber amor, e a pessoa pode desenvolver generosidade; se a mãe supervaloriza essas necessidades biológicas, a criança pode se desenvolver criativa e e produtiva ou, pelo contrário, se tornar depressiva, caso ela não corresponda às expectativas; crianças que se recusam a defecar podem se desenvolver como colecionadores, coletores ou avaros.A fase fálica
A fase fálica, que vai dos três aos cinco anos de vida, se caracteriza segundo Freud pela importância da presença (ou, nas meninas, da ausência) do falo ou pênis; nessa fase prazer e desprazer estão, assim, centrados na região genital. As dificuldades dessa fase estão ligadas ao direcionamento da pulsão sexual ou libidinosa ao genitor do sexo oposto e aos problemas resultantes. A resolução desse conflito está relacionada ao complexo de Édipo e à identificação com o genitor de mesmo sexo[5].Freud desenvolveu sua teoria tendo sobretudo os meninos em vista, uma vez que, para ele, estes vevnciariam o conflito da fase fálica de maneira mais intensa e ameaçadora. Segundo Freud o menino deseja nessa fase ter a mãe só para si e não partilhá-la mais com o pai; ao mesmo tempo ele teme ser que o pai se vingue, castrando-o. A solução para esse conflito consiste na repressão tanto do desejo libidinoso com relação à mãe como dos sentimentos agressivos para com o pai; em um segundo momento realiza-se a identificação do menino com seu pai, o que os aproxima e conduz, assim, a uma internalização por parte do menino dos valores, convicções, interesses e porturas do pai. O complexo de Édipo representa um importante passo na formação do superego e na socialização dos meninos, uma vez que o menino aprende a seguir os valores dos pais. Essa solução de compromisso permite que tanto o ego (através da diminuição do medo) e o id (por o menino poder possuir a mãe indiretamente através do pai, com o qual ele se identifica) sejam parcialmente satisfeitos[5].
O conflito vivenciado pelas meninas é parecido, mas menos intenso. A menina deseja o próprio pai, em parte devido à inveja que sente por não ter um pênis (al. Penisneid); ela sente-se castrada e dá a culpa à própria mãe. Por outro lado, a mãe representa uma ameaça menos séria, uma vez que uma castração não é possível. Devido a essa situação diferente, a identificação da menina com a própria mãe é menos forte do que a do menino com seu pai e, por isso, as meninas teriam uma consciência menos desenvolvida - afirmação esta que foi rejeitada pela pesquisa empírica[5]. Freud usou o termo "complexo de Édipo" para ambos os sexos; autores posteriores limitaram o uso da expressão aos meninos, reservando para as meninas o termo "complexo de Electra".
A apresentação do complexo de Édipo dada acima é, no entanto, simplificada. Na realidade o resultado da resolução do complexo de Édipo é sempre um identificação como ambos os pais e a força de cada uma dessas identificações depende de diferentes fatores, como a relação entre os elementos masculinos e femininos na predisposição fisiológica da criança ou a intensidade do medo de castração ou da inveja do pênis. Além disso, a mãe mantém em ambos os sexos um papel primordial, permanecendo sempre o principal objeto da libido].
O período de latência
Depois da agitação dos primeiros anos de vida segue-se uma fase mais tranquila que se estende até a puberdade. Nessa fase as fantasias e impulsos sexuais são reprimidos, tornando-se secundários, e o desenvolvimento cognitivo e a assimilação de valores e normas sociais se tornam a atividade principal da criança, continuando o desenvolvimento do ego e do superego.A fase genital
A última fase do desenvolvimento psicossocial é a fase genital, que se dá durante a adolescência. Nessa fase as pulsões sexuais, depois da longa fase de latência e acompanhando as mudanças corporais, despertam-se novamente, mas desta vez se dirigem a uma pessoa do sexo oposto. Como se depreende da explanação anterior, a escolha do parceiro não se dá independente dos processos de desenvolvimento anteriores, mas é influenciada pela vivência nas fases anteriores. Além disso, apesar de continuarem agindo durante tod a vida do indivíduo, os conflitos internos típicos das fases anteriores atingem na fase genital uma relativa estabilidade conduzindo a pessoa a uma estrutura do ego que lhe permite enfrentar os desafios da idade adulta.Os Mecanismos de Defesa
O ego está, assim, constantemente sob tensão na sua tentativa de harmonizar a ação do id, do mundo exterior e do superego. Quando essa tensão, normalmente sob a forma de medo, se torna grande demais que ameaça a estabilidade do ego, este poder fazer uso dos mecanismos de defesa ou ajustamentos. Estes são estratégias do ego para diminuir o medo através de uma deformação da realidade - dessa forma o ego exclui da consciência conteúdos indesejados. O mecanismos de defesa satisfazem os desejos do id apenas parcialmente, mas, para este, uma satisfação parcial é melhor do que nenhuma.
Entre os mecanismos de defesa é preciso considerar, por um lado, os mecanismos bastante elaborados para defender o Eu (ego), e por outro lado, os que estão simplesmente encarregados de defender a existência donarcisismo. Freud (1937)[3] diz que mecanismos defensivos falsificam a percepção interna do sujeito fornecendo somente uma representação imperfeita e deformada.[4]
Freud descreveu muitos mecanismos de defesa no decorrer da sua obra e seu trabalho foi continuado por sua filha Anna Freud; os principais mecanismos são[5]:
Entre os mecanismos de defesa é preciso considerar, por um lado, os mecanismos bastante elaborados para defender o Eu (ego), e por outro lado, os que estão simplesmente encarregados de defender a existência donarcisismo. Freud (1937)[3] diz que mecanismos defensivos falsificam a percepção interna do sujeito fornecendo somente uma representação imperfeita e deformada.[4]
Freud descreveu muitos mecanismos de defesa no decorrer da sua obra e seu trabalho foi continuado por sua filha Anna Freud; os principais mecanismos são[5]:
- Repressão é o processo pelo qual se afastam da consciência conflitos e frustrações demasiadamente dolorosos para serem experimentados ou lembrados, reprimindo-os e recalcando-os para o inconsciente; o que é desagradável é, assim, esquecido;
- Formação Reativa: consiste em ostentar um procedimento e externar sentimentos opostos aos impulsos verdadeiros, indesejados.
- Projeção consiste em atribuir a outros as idéias e tendências que o sujeito não pode admitir como suas.
- Regressão consiste em a pessoa retornar a comportamentos imaturos, característicos de fase de desenvolvimento que a pessoa já passou.
- Fixação é um congelamento no desenvolvimento, que é impedido de continuar. Uma parte da libido permanece ligada a um determinado estágio do desenvolvimento e não perite que a criança passe completamente para o próximo estádio. A fixação está relacionada com a regressão, uma vez que a probabilidade de uma regressão a um determinado estádio do desenvolvimento aumenta se a pessoa desenvolveu uma fixação nesse estádio.
- Sublimação é a satisfação de um impulso inaceitável através de um comportamento socialmente aceito.
- Identificação é o processo pelo qual um indivíduo assimila um aspecto, uma característica de outro. Uma forma especial de identificação é a identificação com o agressor.
- Deslocamento é o processo pelo qual agressões ou outros impulsos indesejáveis, não podendo ser direcionados à(s) pessoa(s) a que se referem, são direcionadas a terceiros.
Modelo estrutural da personalidade
Freud desenvolveu mais tarde (1923) um modelo estrutural da personalidade, em que o aparelho psíquico se organiza em três estruturas[1][2]:
Id (al. es, "ele, isso"): O id é a fonte da energia psíquica (libido). O id é formado pelas pulsões - instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes. Ele funciona segundo o princípio do prazer (al. Lustprinzip), ou seja busca sempre o que produz prazer e evita o que é aversivo, e somente segundo ele. Não faz planos, não espera, busca uma solução imediata para as tensões, não aceita frustrações e não conhece inibição. Ele não tem contato com a realidade e uma satisfação na fantasia pode ter o mesmo efeito de uma atingida través de uma ação. O id desconhece juízo, lógica, valores, ética ou moral, sendo exigente, impulsivo, cego irracional, anti-social, egoísta e dirigido ao prazer. O id é completamente inconsciente.
Ego (al. ich, "eu"): O ego desenvolve-se a partir do id com o objetivo de permitir que seus impulsos sejam eficientes, ou seja, levando em conta o mundo externo: é o chamado princípio da realidade. É esse princípio que introduz a razão, o planejamento e a espera ao comportamento humano: a satisfação das pulsões é retardada até o momento em que a realidade permita satisfazê-las com um máximo de prazer e um mínimo de consequências negativas. A principal função do ego é buscar uma harmonização inicialmente entre os desejos do id e a realidade e, posteriormente, entre esses e as exigências do superego.
Superego (al. Überich, "super-eu"): É a parte moral da mente humana e representa os valores da sociedade. O superego tem três objetivos: (1) inibir (através de punição ou sentimento de culpa) qualquer impulso contrário às regras e ideais por ele ditados (2) forçar o ego a se comportar de maneira moral (mesmo que irracional) e (3) conduzir o indivíduo à perfeição - em gestos, pensamentos e palavras. O superego forma-se após o ego, durante o esforço da criança de introjetar os valores recebidos dos pais e da sociedade a fim de receber amor e afeição. Ele pode funcionar de uma maneira bastante primitiva, punindo o indivíduo não apenas por ações praticadas, mas também por pensamentos; outra característica sua é o pensamento dualista (tudo ou nada; certo ou errado, sem meio-termo). O superego divide-se em dois subsistemas: o ego ideal, que dita o bem ser procurado, e consciência (al. Gewissen), que determina o mal a ser evitado.
Id (al. es, "ele, isso"): O id é a fonte da energia psíquica (libido). O id é formado pelas pulsões - instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes. Ele funciona segundo o princípio do prazer (al. Lustprinzip), ou seja busca sempre o que produz prazer e evita o que é aversivo, e somente segundo ele. Não faz planos, não espera, busca uma solução imediata para as tensões, não aceita frustrações e não conhece inibição. Ele não tem contato com a realidade e uma satisfação na fantasia pode ter o mesmo efeito de uma atingida través de uma ação. O id desconhece juízo, lógica, valores, ética ou moral, sendo exigente, impulsivo, cego irracional, anti-social, egoísta e dirigido ao prazer. O id é completamente inconsciente.
Ego (al. ich, "eu"): O ego desenvolve-se a partir do id com o objetivo de permitir que seus impulsos sejam eficientes, ou seja, levando em conta o mundo externo: é o chamado princípio da realidade. É esse princípio que introduz a razão, o planejamento e a espera ao comportamento humano: a satisfação das pulsões é retardada até o momento em que a realidade permita satisfazê-las com um máximo de prazer e um mínimo de consequências negativas. A principal função do ego é buscar uma harmonização inicialmente entre os desejos do id e a realidade e, posteriormente, entre esses e as exigências do superego.
Superego (al. Überich, "super-eu"): É a parte moral da mente humana e representa os valores da sociedade. O superego tem três objetivos: (1) inibir (através de punição ou sentimento de culpa) qualquer impulso contrário às regras e ideais por ele ditados (2) forçar o ego a se comportar de maneira moral (mesmo que irracional) e (3) conduzir o indivíduo à perfeição - em gestos, pensamentos e palavras. O superego forma-se após o ego, durante o esforço da criança de introjetar os valores recebidos dos pais e da sociedade a fim de receber amor e afeição. Ele pode funcionar de uma maneira bastante primitiva, punindo o indivíduo não apenas por ações praticadas, mas também por pensamentos; outra característica sua é o pensamento dualista (tudo ou nada; certo ou errado, sem meio-termo). O superego divide-se em dois subsistemas: o ego ideal, que dita o bem ser procurado, e consciência (al. Gewissen), que determina o mal a ser evitado.
Os níveis da consciência ou modelo topológico da mente
O ser humano, no entanto, não se dá conta de todo esse processo de geração e liberação de energia. Para explicar esse fato, Freud descreve três níveis de consciência[1]:
Através da compreensão do conceito de inconsciente torna-se clara a compreensão da motivação na psicanálise clássica: Muitos desejos,sentimentos e motivos são inconscientes, por serem muitos dolorosos para se tornarem conscientes. No entanto esse conteúdo inconsciente influencia a experiência consciente da pessoa, por exemplo, através de atos falhos, comportamentos aparentemente irracionais, emoções inexplicáveis, medo,depressão, sentimento de culpa. Assim, os sentimentos, sonhos, desejos e motivos inconscientes influenciam e guiam o comportamento consciente.
- O consciente (al. das Bewusste), que abarca todos os fenômenos que em determinado momento podem ser percebidos de maneira conscientes pelo indivíduo;
- O pré-consciente (al. das Vorbewusste), refere-se aos fenômenos que não estão conscientes em determinado momento, mas podem tornar-se, se o indivíduo desejar se ocupar com eles;
- O inconsciente (al. das Unbewusste), que diz respeito aos fenômenos e conteúdos que não são conscientes e somente sob circunstâncias muito especiais podem tornar-se. (O termosubconsciente é muitas vezes usado como sinônimo, apesar de ter sido abandonado pelo próprio Frued.)
Através da compreensão do conceito de inconsciente torna-se clara a compreensão da motivação na psicanálise clássica: Muitos desejos,sentimentos e motivos são inconscientes, por serem muitos dolorosos para se tornarem conscientes. No entanto esse conteúdo inconsciente influencia a experiência consciente da pessoa, por exemplo, através de atos falhos, comportamentos aparentemente irracionais, emoções inexplicáveis, medo,depressão, sentimento de culpa. Assim, os sentimentos, sonhos, desejos e motivos inconscientes influenciam e guiam o comportamento consciente.
O que é psicanalise
Psicanálise é um campo clínico e de investigação teórica da psicologiadesenvolvido por Sigmund Freud, médico neurologista vienense nascido em 1856 que se propõe à compreensão e análise do homem, compreendido enquanto sujeito do inconsciente e abrange três áreas:
Importante ainda é observar que em linguagem comum, o termo psicanáliseé muitas vezes usado como sinônimo de psicoterapia ou mesmo depsicologia. Em linguagem mais própria, no entanto, psicologia refere-se à ciência que estuda o comportamento e os processos mentais, psicoterapiaao uso clínico do conhecimento obtido por ela - ou seja, ao trabalho terapêutico baseado no corpo teórico da psicologia como um todo - epsicanálise refere-se à forma de psicoterapia baseada nas teorias oriundas do trabalho de Sigmund Freud; psicanálise é, assim, um termo mais específico, sendo uma entre muitas outras formas de psicoterapia.
- um método de investigação da mente e seu funcionamento;
- um sistema teórico sobre a vivência e o comportamento humanos;
- um método de tratamento psicoterapêutico[1].
Importante ainda é observar que em linguagem comum, o termo psicanáliseé muitas vezes usado como sinônimo de psicoterapia ou mesmo depsicologia. Em linguagem mais própria, no entanto, psicologia refere-se à ciência que estuda o comportamento e os processos mentais, psicoterapiaao uso clínico do conhecimento obtido por ela - ou seja, ao trabalho terapêutico baseado no corpo teórico da psicologia como um todo - epsicanálise refere-se à forma de psicoterapia baseada nas teorias oriundas do trabalho de Sigmund Freud; psicanálise é, assim, um termo mais específico, sendo uma entre muitas outras formas de psicoterapia.
A teoria psicanalítica foi desenvolvida pelo psiquiatra austríaco Sigmund Freud no fim do século XIX/início do século XX e está intimamente relacionada a sua práticapsicoterapêutica. É uma teoria que procura descrever a etiologia dos transtornos mentais, o desenvolvimento do homem e de sua personalidade, além de explicar amotivação humana. Com base nesse corpo teórico Freud desenvolveu um tipo depsicoterapia. Ao conjunto formado pela teoria, a prática psicotEstrutura e dinâmica da personalidade
Freud imaginava a psique (ou aparelho psíquico) do ser humano como um sistema de energia: Cada pessoa é movida, segundo ele, por uma quantidade limitada de energia psíquica. Isso significa, por um lado, que se grande parte da energia for necessária para a realização de determinado objetivo (ex. expressão artística) ela não estará disponível para outros objetivos (ex. sexualidade); por outro lado, se a pessoa não puder dar vasão à sua energia por um canal (ex. sexualidade), terá de fazê-lo por outro (ex. expressão artística). Essa energia provém das pulsões (às vezes chamadas incorretamente de instintos). Segundo o autor, o ser humano possui duas pulsões inatas, a sexual e a agressiva. Essas duas pulsões opõem-se ao ideal da sociedade e, por isso, precisam ser controladas através da educação, de forma que a energia gerada pelas pulsões não podem ser liberadas de maneira direta. O ser humano é, assim, sexual e agressivo por natureza e a função da sociedade é amansar essas tendências naturais do homem. O não poder dar vazão a essa energia gera no indivíduo um estado de tensão interna que necessita ser resolvido. Toda ação do homem émotivada, assim, pela busca hedonista de dar vazão à energia psíquica acumulada[1].
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